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de dentro
para fora
do trauma

Jornada curativa em Berlim

O que você faz com o que fizeram com você?

O trauma não é o que aconteceu com você. É o resultado do que acontece dentro de você a partir da dificuldade de processamento do que você viveu.

Ainda que sejam marcas de sobrevivência e adaptação, quando não são mais necessárias, essas marcas se expressam em estados de alerta descontextualizados, em padrões de desconexão ou de conexão tóxica. Os traumas se expressam na forma de limitações em como nos movemos, em como pensamos e em como nos relacionamos.

 

Traumas viciam leituras da vida, corporificam medos e nos deixam alertas. Mas não são sentenças e nem são imóveis.

Vejo traumas como marcas que limitam possibilidades de movimentos internos...

...mas cada movimento interno carrega uma imensidão de possibilidades quando o corpo entende que é seguro viver o novo.

Essa jornada te oferece ferramentas terapêuticas em um contexto ético e protegido para você experimentar guiar  movimentos novos, mais saudáveis e mais autênticos.

E o mais importante:
fazer isso
em relação

Comece a Jornada

Este é um grupo voltado para mulheres e pessoas que foram socializadas como mulheres desde a infância. As vagas são limitadas e a inscrição é feita pelo formulário abaixo e finalizada após uma breve entrevista comigo. Sua presença é única e bem vinda!

O que esperar?

Uma jornada profunda de vivências em grupo com foco no tratamento de traumas com 4 encontros de 3h cada. Nos Sábados à tarde, das 14h às 17h e o último encontro no Domingo de manhã, das 9h às 12h.

Roda de consentimento

Movimento e voz

Práticas de presença

Pintura de mandalas terapêuticas

Falas em círculo

Hipnoterapia

Técnicas de aterramento e regulação

Ferramentas e compreensões da psicologia aplicada para grupos nas abordagens humanista, somática, interpessoal, transpessoal, neuropsicológica e psicodramática.

Para quem deseja ler mais sobre isso...

Quando tenta sair de padrões limitantes, você se pergunta como e para onde você quer se mover? E quando se move diferente, você acha que consegue sustentar o prazer, a saúde quando chegam até você?

Essas são perguntas naturais quando você não tem modelo de caminhos diferentes. Além disso, para quem carrega traumas complexos relacionais, os contextos que trazem possibilidades de experimentar o novo muitas vezes acionam reações de medo que nos retiram do que poderia ser saudável antes mesmo de fazermos novas conexões internas ou de integrar novos padrões saudáveis ao nosso sistema. Mesmo que quando essas mudanças são profundamente desejadas.

 

Os caminhos de movimentos terapêuticos que preparei para essa jornada vão abrir portas e modelar novas possibilidades de se estar em relação e serão oferecidos com o acolhimento, experiência e sensibilidade necessárias para você, mente-corpo-alma, relaxar no processo de experimentar a absorver o que te faz bem. A minha guiança é um composto de quem viveu buscando a cura para si e escolheu uma área de pesquisa e profissão que permitiu aprofundar e compartilhar em comunidade o que também me ajuda a ser mais livre e autêntica.

Para quem deseja conhecer um pouco da biografia não-linear que não aparece no meu currículo...

Sou virginiana com ascendente em peixes e lua em escorpião. Tenho por volta de 12 anos de experiência como psicóloga clínica. Nos últimos seis a sete anos, para além de atuar como psicóloga, eu estive me preparando ao mesmo tempo em que preparava mulheres para a maternidade. Há dois anos, eu mesma me abri como um portal e pari. Escolhi parir livre, sem acompanhamento de ninguém do sistema de saúde porque tenho marcas de abusos e violências na minha vida como mulher. Eu sei reconhecer violência, reconhecer o mau uso do poder e, com a sensibilidade e marcas que tenho, sabia que não poderia parir em minha soberania se não fosse livre de qualquer opressão. Eu conheci o "cuidado" sistematizado e hegemônico da mulher. Eu vivi a imigração por sete anos na Alemanha e nela me vi pequena, me reinventei e criei muita coisa boa em comunidade que me engrandeceu. Eu já vivi relacionamentos abusivos, violência psicológica e sexual, e vivo hoje meu segundo casamento em uma relação saudável e intercultural que amo e relaxo todo o meu corpo nela. Temos uma menina que é simplesmente maravilhosa, perfeita como ela é. Ainda que eu sempre tenha a amado, comecei a sentir que realmente gosto de ser mãe só há algumas semanas atrás e nossa, tem feito toda a diferença. Acho uma benção incrível quem sente isso desde o início, me faz sorrir só de pensar :). Mas se você não sente isso, eu te entendo.

Uma das minhas primeiras marcas fortes de violência que vivi foi a "morte matada" do meu pai alcóolico quando eu tinha 6 pra 7 anos. Com 18 anos passei no vestibular da UnB e com 23 no mestrado, ambos na área que eu escolhi e amei desde o início até hoje – acho isso incrível, uma benção, e tive muitos privilégios. Tive uma mãe foda que criou dois filhos como mãe solo por grande parte das nossas vidas e depois virou mãe de novo (e a mais incrível e especial mãe atípica que ela jamais esperava ser). Tive ela no corre de trabalhar 1, 2, 3 turnos, estudar e ainda dançar felicidade, então, como você deve imaginar, além de super mulher, ela teve limitações também. Presenciei minha mãe sofrer racismo e sofri bullying por ter cabelos cacheados. Alisei meu cabelo por anos e escutei várias vezes o conselho de colocar prendedor de roupas no nariz para afinar já que minha pele "saiu mais branquinha". Tenho avó e avô por parte de mãe vivos e os amo profundamente. Sou descendente de parteira, de curandeira, de gente nativa das regiões que hoje são brasil e áfrica e também de europeus. Tenho várias experiências com enteógenos e sou tocada por visões e cosmologias de povos nativos dessas regiões em que cresci. Passei um tempo na aldeia com os Yawanawá na busca de limpar o máximo que eu conseguiria da herança de violência antes de ter alguém para eu passar para frente. Fui criada numa miscelânea religiosa, mas o que predominava era o espiritismo e a umbanda. Eu não tenho religião e gosto de não ter, ainda que a espiritualidade está sempre presente comigo. Fiz psicoterapias e terapias com diferentes terapeutas por vários anos, quase todas muito valiosas para mim.

 

O que tenho sentido é cada vez mais liberdade. Eu não sinto mais obrigações de carregar heranças que me limitam e tenho maternado com a intenção de passar pra frente a autenticidade e não mais a tensão do medo de passar o que eu sou, mas não queria ser. Não sou sempre bem sucedida, mas hoje tenho mais compaixão por mim e conheço a sensação de plenitude em manifestar a realidade que eu desejei ter e, principalmente, conheço a cada dia como é sustentar e abraçar o prazer, felicidade e amor na minha vida.

É nessa vibração que criei essa Jornada e desejo transbordar muito do que acumulei de conhecimento e de experiências de vida e clínica. Os sentidos se tornam ainda mais brilhantes quando sei que será presencialmente, na minha amada segunda casa que estou muito feliz de rever, Berlim.

Se sente que é para você, é para você que estou oferecendo.

© 2024 por Tatiane Santana Pereira - Psicóloga Clínica CRP-09/19739

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